segunda-feira, 10 de outubro de 2016

VINDIMA INCLUSIVA

I. A promoção da igualdade de oportunidades é essencial para a democratização do ensino e para a criação de uma sociedade de qualidade, equitativa e inclusiva.
Nesse sentido, as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente das suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem incluir as crianças deficientes ou sobredotadas, as de minorias étnicas e linguísticas e as que pertencem a áreas ou grupos desfavorecidos ou marginalizados.
Objetivamente, à Escola, em geral, e aos Educadores e Professores, em particular, compete promover o desenvolvimento de projetos Educativos e Curriculares baseados na inclusão, na equidade e na convincia democrática, envolvendo os professores, os alunos, as famílias e a comunidade social em que a escola se insere. Só assim será possível potenciar os processos de ensino e de aprendizagem numa perspectiva ativa, através da mobilização de todos os recursos da escola e da comunidade.

II. Foi tendo em conta estes aspetos que, o grupo de Educação Especial do Agrupamento de Escolas de Belmonte, em parceria com a sala do pré-escolar do infantário da Santa Casa da Misericórdia de Belmonte e com os idosos da mesma instituição, promoveu a realização de uma vindima inter e intra-geracional, em terreno pertencente a esta instituição, no passado dia 4 de outubro.
Por um lado, fomentou-se o convívio entre crianças e idosos, e, por outro lado, a partilha entre crianças do ensino regular e do ensino especial.
Este tipo de interação é fundamental para um processo de ensino e de aprendizagem são e equilibrado, na medida em que, através da troca de saberes (entre crianças e idosos) e do contacto entre crianças com condições físico-motoras diferentes, é possível fomentar os valores da partilha, da solidariedade, do respeito pelos outros e pela diferença, da entreajuda e, antes de tudo, da dignidade.
Só assim conseguiremos construir uma sociedade que se baseie na felicidade e na perfeita percepção de que os direitos e deveres de cidadania não se situam apenas no plano da geração vigente, mas também no das vindouras, às quais se deverá aspirar deixar um mundo melhor!


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Maria José Carvalho Proença
Educadora de Infância